
Conteúdo em Destque:


Coral dos Canarinhos e cantora Fafá de Belém fazem homenagem ao Papa Francisco no Convento Santo Antônio
Leia Mais
Convento Santo Antônio recebe imagem peregrina de São Sebastião
Leia Mais
Ao sopé do morro do Carmo achava-se a Lagoa de Santo Antônio (hoje desde o atual hotel Avenida até o Theatro Municipal) e, à beira dela, uma ermida do mesmo santo. Daí veio chamar-se Santo Antônio também o morro depois que os franciscanos entraram na sua posse.
Em 1592 chegaram os primeiros frades ao Rio de Janeiro e se instalaram na Ermida de Santa Luzia. Pouco tempo depois, mudaram-se para o chamado Morro de Santo Antônio, por causa de uma pequena capela dedicada a este santo. A pedra fundamental foi colocada no dia 4 de junho de 1608.
A construção fez rápidos progressos e, em 7 de fevereiro de 1615, a comunidade se instalou no novo convento. A igreja foi acabada em 8 de dezembro de 1616, quando se pôde celebrar missa ali. Os frades também construíram um muro desde o cruzeiro da ladeira até a igreja.
Ordem Terceira No seu tempo, a 20 de março de 1619, teve início no convento a terceira instituição do Seráfico Patriarca, a Venerável Ordem da Penitência para seculares. Nesse dia fizeram profissão dois noviços. Em breve espaço associaram-se a outros, de modo que no mesmo ano iniciaram a construção de sua capela particular em terreno
Centro de Estudos O ano de 1650 constituirá para sempre um marco na história do Convento, ao abrir o primeiro curso de artes ou filosofia e teologia. Desde então, até o declínio da Província, o Convento foi um recinto sagrado das ciências divinas e humanas.
As festas principais de que se tem notícia eram as de Santo Antônio, São Francisco de Assis, Porciúncula e N. Sra. Conceição. A igreja vestia-se de gala com cortinas e colchas; a ladeira amanhecia festivamente ornada e à noite iluminada. Nas janelas da igreja e do convento pendiam lanternas com velas de carnaúba ou cera.
A primeira invasão sa, em 19/9/1710, foi vitoriosamente rebatida. Na defesa da cidade tomaram parte também alguns clérigos, entre os quais dois frades. Santo Antônio presidiu ao combate na qualidade de general, o que lhe valeu a patente de capitão da Infantaria. A invasão de 1711 foi um desastre para a cidade e o convento
Em 1750, tomou-se a iniciativa de construir um novo convento. O refeitório no pavimento térreo é desta época, com 25,15m de comprimento por 6,26m de largura, com ante-sala da mesma largura e 11m de comprimento, em que hoje está instalada a cozinha, e se chamava “De Profundis”, por ser local para rezar antes das refeições.
Obra de maior vulto é a sala da biblioteca. Mede ela 18,50m de comprimento por 7,15m de largura. Os livros mais antigos são um volume do poeta grego Píndaro, de 1542 e um Novo Testamento em latim de 1547. No seu tempo, a biblioteca rivalizava com as melhores da cidade.
Os franciscanos aderiram com entusiasmo à Independência. Frei Sampaio escreveu o manifesto que exprimia a vontade do povo de D. Pedro permanecer no Brasil. O dia 9 de janeiro ou para história como o Dia do Fico. Os restos mortais de dona Leopoldina está no Mausoléu que o Convento construiu numa de suas dependências.
Quem pela primeira vez visitar o Convento Santo Antônio e as duas dependências ficará surpreendido com a suntuosidade da sacristia. Se Manuel de Macedo, que escreveu em 1860~, pôde afirmar que a do Convento Santo Antônio era a mais bela da cidade, sem exagero podemos dizer isso ainda hoje.
A bela e expressiva imagem do “Ecce Homo”, do Senhor Bom Jesus ou Senhor da Cana Verde, uma das mais antigas relíquias históricas que o Convento Santo Antônio possui, mandou-a vir de Portugal o Provincial Frei Eusébio da Expectação, pelo ano de 1678.